Para onde foram os bebês? Uma reflexão sobre a queda de natalidade e seus impactos econômicos

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Para onde foram os bebês? Uma reflexão sobre a queda de natalidade e seus impactos econômicos

A população mundial está envelhecendo. E agora?

Um bebê e um urso de pelúcia. Foto: rawpixel/Freepik.

A queda abrupta nas taxas de natalidade em diversos países tem despertado preocupações, especialmente no que diz respeito ao impacto econômico que essa tendência pode gerar. Este fenômeno, que parece ganhar força globalmente, traz à tona questões cruciais sobre o futuro da força de trabalho, a sustentabilidade do sistema previdenciário e os desafios econômicos que podem surgir.

Números recentes revelam uma leitura sombria sobre a tendência populacional no Japão. Em 2022, o número de óbitos foi aproximadamente o dobro do número de nascimentos, resultando em uma perda total de cerca de 800.000 pessoas, a maior queda desde 1968. Esta realidade traz à tona a preocupação com a sustentabilidade da força de trabalho e os desafios que o envelhecimento da população pode impor à economia japonesa.

A situação na Coreia do Norte é destacada pelo 5º Encontro Nacional de Mães, marcando a primeira vez que o líder Kim Jong Un reconhece publicamente a queda na taxa de natalidade. Com a mulher norte-coreana média tendo 1,79 filhos ao longo de sua vida, abaixo dos 2,1 necessários para manter a população, o governo norte-coreano enfatiza a importância das mães na reversão dessa tendência.

Na China, a diminuição da população já é uma realidade, com projeções indicando uma queda significativa até 2100. A política anterior do filho único, que foi relaxada nas últimas duas décadas, não conseguiu reverter a tendência de ter menos filhos do que o esperado, apesar das melhorias na segurança social e no sistema de aposentadoria.

Confira a análise em vídeo: 

A situação italiana, destacada por Elon Musk em visita a Roma, aponta para a necessidade de abordar a diminuição da população de forma holística, reconhecendo que a imigração por si só não é suficiente. A manutenção da identidade cultural é considerada essencial, destacando um desafio adicional na busca por soluções.

O cenário global de queda na taxa de natalidade levanta preocupações sobre o futuro da força de trabalho e as consequências econômicas associadas. A perspectiva de uma população mais velha, eventualmente superando em número a população ativa, impõe desafios fiscais e orçamentários, pressionando a economia para sustentar aqueles que se aposentam.

Em conclusão, a questão "Para onde foram os Bebês?" não é apenas um dilema demográfico, mas um desafio econômico que exige reflexão e ação. A necessidade de políticas inovadoras que promovam o equilíbrio entre sustentabilidade populacional, força de trabalho e estabilidade econômica torna-se evidente, destacando a importância de um diálogo amplo e colaborativo para moldar o futuro.

*Gustavo Nunes é Analista CNPI-T 3656. 

 

Comentários: 1

Visitante - Roberto S. em Quarta, 27 Dezembro 2023 08:05

Ponto de vista interessante sobre taxa de natalidade. Valeu Gustavo!

Ponto de vista interessante sobre taxa de natalidade. Valeu Gustavo!
Visitante
Quinta, 09 Mai 2024

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