Nesta terça-feira (8), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou a proibição de importação de petróleo e gás natural da Rússia. "Queremos aumentar a pressão contra a máquina de guerra de Putin", disse Biden em um pronunciamento na Casa Branca.

A demanda americana por petróleo russo fica entre 7% e 9%. Já a demanda europeia é, em média, de 13% de petróleo e 40% de gás russos, o que torna mais difícil banir as importações em seu território.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, já havia pedido para os EUA e outros países do Ocidente para que cortassem as importações russas dos seus países, mas a decisão só foi tomada após consulta aos países que fazem parte da União Europeia (UE), que são extremamente dependentes da energia do país invasor.

"Uma resposta unida tem sido foco acima de tudo para manter juntos todos os parceiros da Otan e nossos aliados na União Europeia", afirmou o presidente dos EUA.

Não haviam sanções envolvendo a energia russa, até agora, devido a temores sobre os efeitos que a iniciativa causaria nos mercados mundiais. Após a pressão de democratas e republicanos, Biden cedeu e implementou a nova medida, a fim de punir Putin pela invasão à Ucrânia.

"Estamos atingindo a principal artéria da economia russa", disse Biden.

O preço dos combustíveis nos EUA deve aumentar por conta dessa medida, e Biden está ciente disso, principalmente quando ela também pode causar prejuízos eleitorais para o Partido Democrata, do qual ele faz parte.

"Sabemos que o preço da gasolina nas bombas já subiu US$ 0,75 dólares (o galão) nos últimos dias, mas nos esforçaremos ao máximo para atenuar esses efeitos", disse Biden.

Joe Biden ainda anunciou que utilizaria o petróleo das reservas estratégicas dos EUA a fim de amenizar os efeitos da iniciativa no país.

"Estamos liberando 60 milhões de barris de petróleo. Metade vem da reserva estratégica dos Estados Unidos. Estamos tomando outras medidas para que o fornecimento de energia global continue", disse o presidente no pronunciamento.

Além disso, Biden afirmou estar tentando um acordo com o Congresso, para poder liberar US$ 2 bilhões de dólares para a ajuda emergencial à Ucrânia.

"Os EUA vão cuidar dos refugiados para que esse custo não fique apenas com nossos parceiros europeus", disse Biden.

O presidente dos EUA ainda afirmou que "a Rússia de Putin sairá menor dessa guerra, enquanto todos nós sairemos ainda maiores".

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