Inflação volta a subir em julho; veja o que está pesando no bolso do consumidor!

Economiadados econômicos

Inflação volta a subir em julho; veja o que está pesando no bolso do consumidor!

Combustíveis estão entre os vilões da vez.

Gráficos e um notebook. Imagem: Freepik.

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou julho com alta de 0,12%, ante um recuo de 0,08% em junho, informou na manhã desta sexta-feira, 11, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou no teto do intervalo de estimativas colhidas pelo Projeções Broadcast, que ia de recuo de 0,08% a avanço de 0,12%, com mediana em +0,06%. 

A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 2,99%, de acordo com o IBGE. O resultado acumulado em 12 meses foi de 3,99% até julho, maior que a taxa de 3,16% até junho e acima da mediana das projeções de analistas, de 3,93%. O intervalo de estimativas neste caso iam de 3,62% a 4,00%.

Veja como está a inflação por setor

  • Alimentação

Os preços de Alimentação e bebidas caíram 0,46% em julho, após queda de 0,66% em junho. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira, 11 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O grupo deu uma contribuição negativa de 0,10 ponto porcentual para o IPCA, que subiu 0,12% no mês.

Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve queda de 0,72% em julho, após ter recuado 1,07% no mês anterior, com destaque para feijão-carioca (-9,24%), óleo de soja (-4,77%), frango em pedaços (-2,64%), carnes (-2,14%) e leite longa vida (-1,86%). No lado das altas, as frutas (1,91%) subiram de preço, com destaque para a banana-prata (4,44%) e para o mamão (3,25%).

A alimentação fora do domicílio subiu 0,21%, ante alta de 0,46% em junho, diante da desaceleração na alta de preços do lanche (0,49%) e da refeição (0,15%). Em junho, estes itens haviam registrado inflação de 0,68% e 0,35%, respectivamente.

  • Transportes


Os preços de Transportes subiram 1,50% em julho, após queda de 0,41% em junho. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,31 ponto porcentual para o IPCA, que subiu 0,12% no mês.

Os preços de combustíveis tiveram alta de 4,15% em julho, após recuo de 1,85% no mês anterior. A gasolina subiu 4,75%, após ter registrado queda de 1,14% em junho, enquanto o etanol avançou 1,57% nesta leitura, após queda de 5,11% na última.

O preço do óleo diesel caiu 1,37%, e as altas da passagem aérea (4,97%) e do automóvel novo (1,65%) também contribuíram para o resultado do grupo.

O Estadão/Broadcast calcula o impacto de cada grupo no IPCA com base na variação mensal e no peso mensal disponíveis no Sistema IBGE de Recuperação Automática (Sidra). O resultado pode ter divergências pontuais com o impacto divulgado pelo IBGE, que considera mais casas decimais do que as disponibilizadas publicamente na taxa de cada item.

Inflação está voltando para meta?

Segundo o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a alta de 0,12% no IPCA de julho ficou um pouco acima do que o mercado esperava, mas ele consider que a inflação está voltando para a meta.

"A inflação em 12 meses é um pouco poluída porque tivemos a desoneração no segundo semestre de 2022 que jogou a inflação muito para baixo. Sempre uso para comparar que a nossa inflação de seis meses está igual à de um ano", afirmou, em palestra no Fórum de Gestão Empresarial da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), em Curitiba.

Campos Neto repetiu que o BC tem olhado com mais atenção a inflação de serviços, que tem caído mais lentamente. "A gente vê principalmente a questão de mão de obra, tem sido difícil contratar em alguns setores, e em outros casos há mão de obra sobrando. A parte de núcleos de serviços está bem acima da meta, mas o número de hoje nessa parte foi um pouquinho melhor", completou.

 

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Domingo, 19 Mai 2024

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