BCE mantém juros, inflação dos EUA surpreende e pedidos de desemprego sobem

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BCE mantém juros, inflação dos EUA surpreende e pedidos de desemprego sobem

Mercados globais reagem a sinais mistos: estabilidade na Europa, pressão inflacionária nos EUA e mercado de trabalho começando a dar sinais de fraqueza.

O Banco Central Europeu (BCE) decidiu nesta quinta-feira (11), manter as suas taxas de juros inalteradas, em linha com as expectativas do mercado, destacando que a economia da zona do euro tem resiliência permanente e que as próximas decisões seguirão uma abordagem dependente dos dados. A presidente Christine Lagarde afirmou, em coletiva de imprensa, que o BCE está "em uma boa posição" e que futuros cortes ou ajustes só serão considerados à medida que novos indicadores confirmem a trajetória de inflação em direção à meta. Lagarde também chamou a atenção para os riscos externos, como as tarifas comerciais dos Estados Unidos, que podem afetar o crescimento e a pressão dos preços.

Pouco depois, nos Estados Unidos, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de agosto mostrou alta de 0,4% em relação ao mês anterior, acima da projeção de 0,3%. No acumulado de 12 meses, a inflação chegou a 2,9%, frente aos 2,7% de julho. A leitura “core”, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, avançou 0,3% no mês e 3,1% em termos anuais, reforçando a percepção de que as pressões inflacionárias seguem persistentes.

No mesmo horário, os pedidos iniciais de seguro-desemprego foram fortes altos, somando 263 mil na semana encerrada em 6 de setembro, bem acima das expectativas de 235 mil e sinalizando um início de desaquecimento no mercado de trabalho.

A combinação de inflação ainda elevada e aumento nos pedidos de ajuda-desemprego gerou reações mistas nos mercados financeiros. Os investidores passaram a recalibrar apostas sobre a trajetória de cortes de juros do Federal Reserve, que podem adotar uma postura mais cautelosa para evitar afrouxar a política monetária em um cenário de preços ainda apertados. Na Europa, a decisão do BCE foi interpretada como um movimento de estabilidade, sem pressa para reduzir os custos de empréstimos, mas mantendo portas abertas para futuras flexibilizações caso a atividade mostre sinais de enfraquecimento.

Os investidores em risco globais oscilaram após a divulgação dos dados, com o euro registrando leve queda frente ao dólar e os rendimentos dos Treasuries americanos subindo nos vencimentos curtos, refletindo apostas de que o Fed seguirá mais conservador nas próximas reuniões. 

Com informações da Reuters

 

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Quinta, 11 Setembro 2025

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