A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou por uma margem apertada um pacote de financiamento de US$ 1,2 trilhão, evitando assim uma possível paralisação do governo até setembro. Agora, o texto seguirá para o Senado.

Com 286 votos a favor e 134 contra, a votação superou a maioria necessária de dois terços, um requisito especial estabelecido pelo presidente da Câmara, Mike Johnson, para contornar as divergências internas dentro do Partido Republicano.

Os representantes republicanos se envolveram em debates acalorados durante a contagem dos votos.

A medida recebeu mais apoio dos democratas do que dos republicanos, aumentando a pressão sobre Johnson, que enfrentou dificuldades para garantir o apoio da maioria de sua bancada. Isso é uma ocorrência rara para um presidente da Câmara, e antes da votação, a deputada republicana Marjorie Taylor Greene sugeriu que poderia tentar destituí-lo.

O texto final do projeto de lei foi divulgado na manhã de quinta-feira, com líderes de ambos os partidos destacando vitórias em questões cruciais durante as negociações. Embora os gastos totais não tenham se desviado muito dos valores definidos no ano anterior, os democratas afirmaram que conseguiram evitar cortes em programas de educação, trabalho e saúde, enquanto os republicanos destacaram reduções nos gastos com ajuda externa e grupos sem fins lucrativos que apoiam migrantes, além de recuperar financiamento para a Receita Federal.

O "Shutdown" nos Estados Unidos é um termo utilizado para descrever o cenário no qual o governo federal americano não consegue aprovar um orçamento ou uma resolução de financiamento temporário, levando à paralisação de parte das operações do governo. Durante um shutdown, agências governamentais podem ser forçadas a suspender serviços considerados não essenciais, e os funcionários públicos podem ser colocados em licença não remunerada ou continuar trabalhando sem receber salário até que um acordo orçamentário seja alcançado.

Esses shutdowns geralmente ocorrem quando o Congresso e o Presidente não conseguem concordar com um orçamento federal, muitas vezes devido a disputas políticas sobre questões como gastos, imigração ou saúde. O mais comum é que certos departamentos e serviços governamentais, como parques nacionais, museus e agências de regulamentação, sejam afetados durante um shutdown, enquanto serviços essenciais, como segurança nacional e transporte, geralmente continuam funcionando. Os shutdowns podem durar dias, semanas ou até mesmo meses, dependendo da capacidade das partes em conflito de chegarem a um acordo.