Por Maria Eduarda Cabral em Quinta, 18 Setembro 2025
Categoria: Economia

Pedidos de auxílio-desemprego caem para 231 mil nos EUA após alta expressiva

Solicitações recuam 33 mil na semana encerrada em 13 de setembro, aliviando preocupação após atingirem o maior nível desde 2021 

O número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos registrou uma queda expressiva na semana passada, revertendo o salto observado anteriormente, quando atingiu o nível mais alto em quase quatro anos.

Segundo o Departamento do Trabalho, na semana encerrada em 13 de setembro houve redução de 33 mil solicitações, totalizando 231 mil. O resultado ficou abaixo da projeção de 241 mil pedidos feita por analistas consultados pela FactSet.

Na semana anterior, o indicador havia subido para 264 mil, o maior patamar desde 23 de outubro de 2021. O dado foi revisado em alta, com acréscimo de mil solicitações.

A desaceleração do mercado de trabalho foi um dos fatores que levaram o Federal Reserve a reduzir, na quarta-feira, a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, movimento amplamente esperado. A decisão mostra que o foco do banco central passou a ser o emprego, já que as contratações têm perdido força nos últimos meses. Juros mais baixos tendem a aliviar custos de financiamento (como hipotecas, empréstimos para automóveis e crédito para empresas ) e estimular a atividade econômica, embora possam manter a inflação, ainda acima da meta de 2%, sob pressão.

Na semana passada, o Bureau of Labor Statistics (BLS) publicou uma revisão preliminar mostrando que, no período de 12 meses encerrado em março, foram criados 911 mil empregos a menos do que o inicialmente reportado, evidenciando uma fraqueza maior no mercado de trabalho. A versão final dessa revisão será divulgada em fevereiro de 2026.

Em agosto, a economia gerou apenas 22 mil vagas, número bem abaixo da expectativa de 80 mil dos economistas. Já em julho, o país registrou 7,2 milhões de postos de trabalho em aberto, pela primeira vez desde abril de 2021, havia mais pessoas desempregadas do que oportunidades disponíveis.

O relatório de julho também trouxe a criação de apenas 73 mil vagas e revisões para baixo nos dados de maio e junho. A divulgação provocou forte reação nos mercados e resultou na demissão, pelo presidente Donald Trump, do responsável pela compilação dos dados mensais de emprego.

As informações recentes reforçaram os receios de que as políticas econômicas do governo Trump (em especial as tarifas sobre importações) tenham elevado a incerteza entre empresários, que estariam adiando contratações e projetos de expansão. A economia norte-americana cresceu a um ritmo anualizado de cerca de 1,3% no primeiro semestre, contra 2,5% em 2024.

O relatório desta quinta-feira também mostrou que a média móvel de quatro semanas dos pedidos de auxílio-desemprego caiu em 750, chegando a 240 mil.

Já o número de pessoas que efetivamente recebem o benefício recuou em 7 mil na semana encerrada em 6 de setembro, totalizando 1,92 milhão.

Os pedidos semanais permanecem, no entanto, dentro de uma faixa historicamente baixa, entre 200 mil e 250 mil, patamar mantido desde que o país começou a sair dos efeitos da pandemia de COVID-19, há quase quatro anos. 

Com informações de AP NewsRoom

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