O dólar abriu esta segunda-feira (1º) em alta de 0,10%, cotado a R$ 5,3397 às 9h02. O Ibovespa inicia o pregão às 10h, após ter fechado a sexta-feira com avanço de 0,45%, aos 159.072 pontos. Na sessão anterior, o dólar havia caído 0,31%, negociado a R$ 5,3351.

A agenda do dia inclui o Boletim Focus, a participação de Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, em um evento da XP, e o discurso de Jerome Powell nos Estados Unidos. As falas dos dois dirigentes devem influenciar o comportamento dos investidores ao longo da sessão.

O Boletim Focus mostrou leve redução nas projeções de inflação: para 2025, a estimativa passou de 4,45% para 4,43%, e para 2026, de 4,18% para 4,17%. As previsões para 2027 (3,80%) e 2028 (3,50%) foram mantidas. O mercado mantém as expectativas de PIB em 2,16% (2025) e 1,78% (2026). A taxa Selic segue projetada em 15% ao ano no fim de 2025 e 12% ao ano em 2026.

Galípolo participa nesta manhã do XP Fórum Político & Macro 2025, onde deve apresentar uma palestra às 10h. Nos EUA, Powell discursa em um evento na Universidade de Stanford, em meio à expectativa reforçada após Donald Trump afirmar que já escolheu o próximo presidente do Federal Reserve.

No acumulado, o dólar registra queda de 1,22% na semana, 0,83% no mês e 13,67% no ano. O Ibovespa sobe 2,78% na semana, 6,37% no mês e 32,25% no ano. Nos mercados internacionais, as bolsas americanas voltaram a operar após o feriado de Ação de Graças, com baixa liquidez. Os principais índices fecharam em alta: Dow Jones (+0,61%), S&P 500 (+0,54%) e Nasdaq (+0,65%). Na Europa, as bolsas operam em alta, apoiadas pela expectativa de cortes de juros nos EUA e pelo avanço nas negociações de paz na Ucrânia. O STOXX 600 subia 0,09%, enquanto DAX, FTSE 100 e CAC 40 avançavam levemente.

Na Ásia, o desempenho foi misto. Ações ligadas à inteligência artificial impulsionaram parte dos ganhos na China e em Hong Kong. O Nikkei subiu 0,2%, enquanto Xangai (+0,34%) e CSI300 (+0,25%) também avançaram. O Hang Seng caiu 0,34%. Outros mercados tiveram variações moderadas, com Taiwan e Cingapura em alta e Seul em queda de 1,51%.

Com a combinação de dólar em leve alta, agenda carregada de discursos de autoridades monetárias e ajuste nas projeções de inflação do Focus, traders podem observar oportunidades em movimentos de curto prazo, especialmente em períodos de maior volatilidade após as falas de Galípolo e Powell. A manutenção das projeções da Selic mantém o mercado atento a possíveis sinais sobre a direção da política monetária.

O desempenho das bolsas nos EUA e Europa, somado ao comportamento misto na Ásia, ajuda a compor a leitura do sentimento global de risco, o que pode influenciar decisões em índices futuros, moedas e commodities. Além disso, traders podem monitorar eventuais mudanças no fluxo estrangeiro, especialmente diante da expectativa sobre o Federal Reserve e da futura escolha de seu próximo presidente.