Diante das altas e baixas no mercado financeiro, as "small caps" podem ser uma ótima opção para investidores que estão dispostos a correr riscos. Como essas ações são bastante impactadas pelas oscilações da bolsa, podem oferecer lucros maiores aos acionistas. As "small caps" estão entre as ações mais valorizadas na Bolsa de Valores (B3) e algumas chegaram a render mais de 200% somente neste ano.

O que são small caps?

As small caps são ativos de empresas que têm um faturamento entre R$ 300 milhões e R$ 2 bilhões de reais. Apesar de ter "small" em sua composição - que em portugues significa pequeno -, o termo não se refere somente a empresas pequenas.

No grupo, estão empresas como a M. Dias Branco (MDIA3), dona das marcas Adria e Piraquê no setor alimentício, Cielo (CIEL3), das máquinas de cartão, e a Zamp (BKBR3), que detém a rede de fast-food Burger King.

Rendimentos e riscos

Essas ações geralmente pertencem a empresas que estão em fase de crescimento. Uma "small cap" consegue dobrar de tamanho com mais facilidade do que uma empresa regular.

André Zonaro, analista da Nord Research, explicou ao portal UOL que apesar dos retornos das small caps serem atraentes, esse tipo de investimento é muito arriscado.

O Ibovespa teve um crescimento acumulado no ano de 6,05%, enquanto o SMLL (índice das small caps) da B3 ficou negativo no mesmo período em 4,05%. Assim, pode-se dizer que essas ações foram na contramão em relação às demais.

As small caps são arriscadas por serem menores e extremamente sensíveis às oscilações do mercado, ou seja, se a inflação sobe, o dólar cai, os juros aumentam ou se há especulações em torno da compra de uma empresa, essas ações aumentam muito ou caem drasticamente.

O objetivo principal das empresas small caps é o crescimento de mercado, e é isso que impulsiona suas ações.

"O problema é que esse plano de crescimento pode não dar certo. Ou ainda, demorar mais para acontecer que o previsto", observou o analista.

Confira as dez Small Caps mais valorizadas entre 3 de janeiro e 8 de agosto, segundo levantamento feito pela Economatica:

1. Dommo (DMMO3) - 211,54%
2. Cielo (CIEL3) - 123,67%
3. Kepler Weber (KEPL3) - 75,53%
4. Log-In (LOGN3) - 49,03%
5. Enauta Participações (ENAT3) - 46,97%
6. Vulcabras (VULC3) - 45,19%
7. Mills (MILS3) - 39,09%
8. M.Dias Branco (MDIA3) - 38,20%
9. BK Brasil/Zamp (BKBR3) - 36,79%
10. Alliar (AALR3) - 36,61%
    
    

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