NY e vencimento pesam no Ibovespa, enquanto dados da China seguram índice nos 119 mil pontos

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NY e vencimento pesam no Ibovespa, enquanto dados da China seguram índice nos 119 mil pontos

Confira as movimentações dos mercados nesta sexta-feira, 15. 

Um homem apontando para um gráfico no computador. Foto: drobotdean/Freepik.

Instabilidade parece definir o comportamento do Ibovespa nesta sexta-feira, 15. Há pouco, quase perdeu os 119 mil pontos, indo à mínima dos 119.025,81 pontos (-0,31%), depois de subir 0,33%, na máxima aos 119.780,20 pontos. O fôlego curto aqui reflete a desvalorização das bolsas americanas, onde a produção industrial cresceu mais do que o esperado, elevando dúvidas sobre a política monetária americana lá na frente, não para a semana que vem.

"O Ibovespa subiu bem ao longo da semana principalmente por causa da China", diz Felipe Moura, sócio e analista da Finacap Investimentos, lembrando que as ações da Vale e da Petrobras deram um salto recentemente, na esteira da China/petróleo/minério.

Até agora, na semana, a alta do Índice Bovespa é de cerca de 3,50%, depois de ceder 2,19% na passada. "Agora, reduz um pouco o ímpeto também por causa do vencimento de opções sobre ações, que deixa o índice mais truncado, segura um pouco", completa Moura.

Ontem, o principal indicador da B3 atingiu máxima intradia dos 119.748,08 pontos e o Índice fechou aos 119.391,55 pontos, com valorização de 1,03% - o quarto seguido de ganhos.

"Certamente há espaço para chegar aos 120 mil pontos e abre espaço para espaço para buscar 122 mil, 123 mil pontos, mas a expectativa de um déficit fiscal na economia precisa acalmar um pouco", avalia o economista Álvaro Bandeira em comentário matinal.

De todo modo, o recuo é moderado. Dados melhores do que o esperado da indústria e do varejo da China e novas medidas de estímulo ao país atenuam as preocupações, a poucos dias da decisão sobre juros nos EUA e no Brasil, na quarta-feira que vem O Fed deve manter os juros no nível atual, enquanto o Copom tende a cortar a Selic de 13,25% para 12,75% ao ano.

Na China, o banco central chinês cortou juros após uma série de indicadores mostrarem que a indústria e o varejo do país tiveram desempenho melhor do que o esperado em agosto. Por outro lado, as vendas de moradias caíram no acumulado de janeiro a agosto e os investimentos em ativos fixos avançaram menos do que se previa no mesmo período, sugerindo que a China está segue fragilizada.

"O governo chinês está tentando estabilizar a economia, mas ainda é preciso muito mais. Todas essas ações não sugerem que mudarão a confiança dos consumidores, que está baixa. Tem mais oferta de crédito, mas se não houver demanda não adianta", avalia Bruno Takeo, analista da Ouro Preto Investimentos.

Segundo Takeo, a escalada do petróleo por conta da China eleva as preocupações com a inflação mundial, ainda mais quando se está perto de fim de ciclo de alta de juros.

Às 11h13, o Ibovespa caía 0,18%, aos 119.171,72 pontos. As ações da Vale subiam 0,46%, enquanto Petrobras caia 0,53% (PN) e -0,83% (ON), após ganhos da véspera e em meio a dúvidas sobre reajustes nos preços dos combustíveis e investimentos da empresa.

 

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Quinta, 09 Mai 2024

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