Ubs, diferente das expectativas dos investidores, pode ter conseguido realizar o negócio da década ao realizar a compra do Credit Suisse.

Ubs, diferente das expectativas dos investidores, pode ter conseguido realizar o negócio da década ao realizar a compra do Credit Suisse.

  CEO Sergio Ermotti que supervisionou a fusão tem papel crucial nos bons resultados apresentados.

Representação da fusão entre duas instituições. Criado por IA.

Em março de 2023 o já gigante banco UBS realizou a aquisição do concorrente Credit Suisse, que estava com dificuldades em honrar seus compromissos, o que deixou investidores bem preocupados, pois não se sabia se seria possível reverter uma antiga fonte de problemas em algo lucrativo, que era o caso do negócio do banco de investimento do Credit Suisse.

Essa aquisição pode ser considerada um dos maiores eventos financeiros dos últimos anos, e seu impacto ainda está sendo avaliado por investidores, especialistas e reguladores. O negócio foi executado em um cenário marcado por incertezas, com riscos substanciais devido às responsabilidades desconhecidas do Credit Suisse. No entanto, após 18 meses, a percepção dos investidores começou a mudar. Muitos já consideram essa fusão a "negociação da década". Pois a liderança do UBS, sob o comando de Sergio Ermotti, seguiu de forma ambiciosa e organizada os marcos planejados para a integração. O processo de fusão das empresas foi concluído em etapas: a integração das empresas-mãe em maio, seguida pela transição para uma única holding intermediária nos Estados Unidos em junho, e a fusão completa das entidades suíças em julho. A previsão é que todo o processo seja finalizado até 2026.

A execução disciplinada do processo, descrita como tipicamente suíça, tem restaurado a confiança e a calma no mercado, conforme destacado por analistas como Beat Wittmann e Verstraete. O UBS reportou resultados encorajadores no segundo trimestre de 2024, com foco no desempenho operacional do banco, deixando de lado as preocupações sobre a fusão em si. A meta de economia de custos também avançou rapidamente, com a expectativa de alcançar US$ 7 bilhões em economias já em 2024, o que representa mais da metade do objetivo total de US$ 13 bilhões até 2026.

Ainda assim, o CEO Sergio Ermotti mantém a cautela ao lidar com o que descreve como uma "falta estrutural de lucratividade sustentável" no Credit Suisse, indicando que o caminho para restaurar a rentabilidade do banco ao nível pré-aquisição não será linear. Um dos principais desafios que ainda paira sobre a fusão é a possível exigência de capital adicional, estimada entre US$ 15 a 25 bilhões, o que será decidido pelas autoridades suíças em 2025.

Embora a fusão tenha proporcionado ganhos significativos no preço das ações do UBS — que subiram 21% no acumulado dos últimos 12 meses — a confiança completa do mercado ainda não foi totalmente conquistada. Os investidores permanecem atentos aos resultados futuros, esperando mais clareza sobre os novos requisitos de capital e a lucratividade do grupo integrado. Mas ainda assim, a aquisição do Credit Suisse, apesar dos desafios, está sendo vista por muitos como uma das transações mais bem-sucedidas da história recente. A liderança de Ermotti tem sido decisiva para a execução do plano de integração, e seu papel no futuro do UBS e do setor bancário suíço ainda será amplamente discutido. 

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Quarta, 09 Outubro 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.moneynownews.com.br/