Wall Street desacelera com dúvidas sobre altas avaliações e cautela do Fed
Mercado faz pausa enquanto investidores aguardam novos sinais sobre juros nos EUA
A recuperação de Wall Street perdeu fôlego nesta quinta-feira (9), com investidores avaliando as altas recentes e a falta de novos catalisadores para sustentar o avanço.
Após semanas de ganhos, parte dos analistas teme uma correção se o Federal Reserve não reduzir as taxas de juros no ritmo esperado. A ata da reunião de setembro mostrou que o banco central ainda está preocupado com a inflação. O presidente do Fed de Nova York, John Williams, afirmou apoiar mais cortes de juros este ano, enquanto declarações do governador Michael Barr e da presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, são aguardadas pelo mercado.
Às 12h59 (horário de Brasília), o Dow Jones caía 0,31%, o S&P 500 recuava 0,24% e o Nasdaq Composite perdia 0,21%. O setor de consumo discricionário caiu 0,9%, pressionado por Tesla (-1,9%) e Amazon (-0,5%), após a abertura de uma investigação sobre 2,88 milhões de veículos da Tesla com o sistema Full Self-Driving.
Em tecnologia, Apple, Microsoft e AppLovin recuaram entre 1% e 4,9%, enquanto Boeing e Honeywell puxaram o setor industrial para baixo.
Apesar da pausa, alguns analistas mantêm otimismo. "Os mercados têm mostrado resiliência à volatilidade. O apetite por empresas de crescimento sólido continua forte", disse Isabelle Freidheim, da Athena Capital.
O alívio nas tensões geopolíticas, após Israel e Hamas assinarem a primeira fase de um acordo de paz, ajudou a conter o pessimismo.
Entre os destaques, Delta Air Lines avançou 5,1% com projeção de lucro otimista e PepsiCo subiu 2,2% após superar expectativas. Já PulteGroup e D.R. Horton caíram mais de 4%, e Albemarle saltou 7,2% com revisão de preço-alvo e medidas chinesas sobre exportação de terras raras.
Na NYSE, as ações em queda superaram as altas na proporção de 2,56 para 1. O S&P 500 registrou 18 novas máximas e cinco mínimas de 52 semanas; o Nasdaq, 110 máximas e 42 mínimas.
Com informações de Reuters
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