Dólar sobe antes de decisões de juros e dados de emprego nos EUA, enquanto Bolsa recua

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Dólar sobe antes de decisões de juros e dados de emprego nos EUA, enquanto Bolsa recua

Moeda avança em meio à expectativa pela "superquarta", ao relatório de emprego norte-americano e ao aumento das tensões políticas no Brasil

O dólar iniciou esta terça-feira (9) em alta, avançando 0,74% por volta das 10h20 e sendo negociado a R$ 5,4607. Já o Ibovespa recuava 0,11%, aos 158.014 pontos, depois de ter fechado a véspera em leve alta.

O movimento reflete a combinação entre expectativas para decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos, a divulgação de novos dados do mercado de trabalho norte-americano e a pressão adicional vinda do ambiente político brasileiro.

Investidores acompanham hoje o relatório Jolts, que mostra o volume de vagas abertas nos EUA, e o levantamento da ADP sobre emprego privado. Esses indicadores ajudam a estimar o rumo da política monetária norte-americana, com o mercado apostando que o Federal Reserve deve reduzir os juros em 0,25 ponto percentual amanhã.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) também inicia sua reunião, com expectativa majoritária de manutenção da Selic em 15% ao ano. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, tem reforçado a necessidade de cautela diante de um cenário de desemprego em queda e inflação controlada, mesmo com juros elevados. A taxa de desemprego caiu para 5,4% no trimestre encerrado em outubro, o menor nível desde 2012.

Os dados mais recentes mostram o seguinte desempenho: o dólar acumula queda de 0,22% na semana, alta de 1,60% no mês e recuo de 12,28% no ano. Já o Ibovespa sobe 0,52% na semana, recua 0,56% no mês e avança 31,51% no acumulado do ano.

No campo político, o mercado também monitora os movimentos de Flávio Bolsonaro. Após afirmar que sua candidatura à Presidência em 2026 é "irreversível", o senador reuniu lideranças partidárias na noite de segunda-feira (8) para apresentar seu projeto e tentar ampliar apoios. A articulação ganhou mais visibilidade depois do apoio público do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que reafirmou sua lealdade ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Apesar disso, dirigentes do Centrão demonstram resistência e avaliam que uma candidatura da família Bolsonaro tende a fragmentar a direita no primeiro turno, reduzindo o espaço para outros nomes do bloco.

Nos mercados internacionais, o clima é de expectativa. Nos EUA, os índices futuros operavam com variações leves pela manhã, enquanto investidores aguardam a decisão do Fed e acompanham os dados do mercado de trabalho. O governo americano também autorizou a Nvidia a retomar vendas de chips de inteligência artificial à China, o que impulsionou ações de tecnologia.

Na Europa, as bolsas registravam movimentos moderados, com atenção às decisões de outros bancos centrais nas próximas semanas. Na Ásia, o dia foi marcado por quedas na China e em Hong Kong, após a liderança chinesa indicar que não deve anunciar novos estímulos econômicos no curto prazo. O Japão teve leve alta. 

 

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Quarta, 10 Dezembro 2025

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