Wall Street fecha sem direção única e Oracle impulsiona S&P 500 a novo recorde
Dow Jones recua, Nasdaq fica estável e S&P 500 sobe apoiado pelo salto de 36% da Oracle após forte balanço e mega contrato com a OpenAI.
As bolsas de Nova York encerraram o pregão desta quarta-feira (10) sem direção única, em compasso de espera pela divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA, que sai na quinta-feira e pode definir o ritmo e a intensidade dos cortes de juros esperados pelo mercado.
O Dow Jones caiu 0,48%, fechando aos 45.490,92 pontos, enquanto o S&P 500 avançou 0,30%, para 6.532,04 pontos, cravando mais uma máxima histórica. O Nasdaq também renovou recorde de fechamento, aos 21.886,06 pontos, com leve alta de 0,03%.
O movimento foi fortemente influenciado pela disparada de 36% das ações da Oracle. A empresa reportou crescimento expressivo no valor de contratos futuros, que chegaram a US$ 455 bilhões (alta de 359%) e anunciou um acordo com a OpenAI para fornecer US$ 300 bilhões em poder de computação ao longo de cinco anos. A projeção positiva para o negócio de infraestrutura em nuvem foi interpretada como sinal de forte demanda ligada à inteligência artificial, o que beneficiou outras empresas do setor.
CoreWeave subiu mais de 17%, Broadcom avançou 9,8% e Nvidia disparou 3,81%, garantindo a maior alta percentual do índice Dow Jones. Por outro lado, Salesforce, Amazon e Apple recuaram mais de 3% cada.
Os dados do índice de preços ao produtor (PPI) também chamaram atenção: houve queda de 0,1% em agosto frente a julho, contrariando a expectativa de alta de 0,4% apontada por analistas consultados pela FactSet. A leitura do núcleo do PPI também veio abaixo do previsto. Economistas projetam que o CPI mostre avanço de 0,3% no mês, resultado que será divulgado amanhã.
No campo das estreias, as ações da Klarna subiram 16% em sua oferta pública inicial na NYSE. A fintech sueca, conhecida pelo modelo "compre agora, pague depois", precificou suas ações acima da faixa indicativa antes do IPO.
Na véspera, os índices já haviam fechado em máximas históricas, impulsionados pela revisão para baixo nos números de criação de empregos nos EUA, reforçando a expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve.
Com informações do InfoMoney
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