As bolsas internacionais começaram a segunda-feira (8) sem grandes movimentos, com o mercado inteiro esperando a decisão do Federal Reserve, que será anunciada na quarta-feira (10). A expectativa majoritária é de que venha um corte de 0,25 ponto percentual, e qualquer decisão diferente disso pode mexer forte nos ativos.

Atualmente, a taxa de juros dos Estados Unidos está entre 3,75% e 4,0%, e contratos futuros mostram que a maior parte dos investidores já aposta na redução. Analistas ouvidos por várias instituições também reforçam essa previsão.

Além do Fed, outros bancos centrais, Canadá, Suíça e Austrália, também se reúnem nesta semana, mas a projeção é de manutenção das taxas nesses países.

Mesmo sem grandes novidades, os índices americanos operam levemente no positivo. Os futuros do S&P 500 e do Nasdaq sobem entre 0,1% e 0,2%, ainda apoiados pela possibilidade de novos estímulos monetários.

Na Ásia, o destaque foi a China, com as ações subindo em quase 1%, impulsionadas por dados de exportações melhores que o esperado em novembro. As tensões geopolíticas na região seguem elevadas, com movimentos militares envolvendo China, Japão, Tailândia e Camboja.

Na Europa, as bolsas andaram de lado, enquanto os juros dos títulos públicos continuam em alta. Os papéis da Alemanha chegaram ao maior nível desde 2011, puxados por comentários de autoridades do Banco Central Europeu sobre possíveis novos aumentos de juros no futuro.

Nos Estados Unidos, o rendimento dos títulos de 10 anos subiu para 4,15%, refletindo a ansiedade sobre a decisão do Fed. O dólar ganhou força contra o iene, chegando a 155,53, enquanto o euro ficou próximo de US$ 1,1650.

Entre as commodities, o ouro continua em patamares elevados, negociado perto de US$ 4.213 a onça. Já o petróleo recuou ao longo do dia: o Brent caiu 1%, para US$ 63,09, e o petróleo dos EUA ficou em US$ 59,43, pressionado pela possibilidade de avanços nas negociações que buscam encerrar a guerra na Ucrânia.

Com informações de Reuters