A gigante argentina de comércio eletrônico Mercado Livre, empresa com maior valor de mercado da América Latina após uma desvalorização da Vale, realizou uma oferta subsequente de um milhão de ações no mercado americano, por US$ 1.550,00 dólares cada.

A empresa ainda pode emitir mais 150 mil ações em dezembro, em um movimento conhecido como greenshoe. Se concretizada a adição, a oferta será acrescida de mais US$ 232 milhões de dólares.

Intermediada pelos bancos Morgan Stanley, JP Morgan Securities e Goldman Sachs, essa foi a primeira oferta de ações do Mercado Livre desde antes da pandemia — a anterior, que arrecadou US$ 1,9 bilhão de dólares, havia sido feita em 2019.

Com a nova oferta, o Mercado Livre arrecadou pelo menos US$ 1,55 bilhão de dólares. Segundo a empresa, seu objetivo é utilizar o capital levantado em "propósitos corporativos gerais" — não foram revelados maiores detalhes até o momento.

O valor de venda dos papéis foi próximo ao negociado atualmente na Nasdaq — a bolsa de tecnologia dos Estados Unidos, a US$ 1.550,00 dólares.

O Mercado Livre valia, em setembro, mais de US$ 90,5 bilhões de dólares. Com a oferta de ações, a oscilação deixou o papel a US$ 1.520,52 dólares, colocando o valor de mercado da empresa em US$ 76 bilhões.

Nos últimos cinco anos, as ações do Mercado Livre multiplicaram de valor. No início de 2017, uma ação da empresa valia apenas cerca de US$ 200 dólares.

Entre os objetivos da companhia divulgados ao mercado estão continuar a melhorar seu sistema de entrega, aumentar a monetização das transações realizadas na plataforma e aumentar a sinergia entre os serviços que oferece.

Mercado Livre no Brasil

Na bolsa de valores brasileira, a B3, as ações do Mercado Livre são negociadas por meio de um BDR (Brazilian Depositary Receipt, ou certificado de ações) nível I não patrocinado, que possui o ticker MELI34. O depositário e emissor dos papéis por aqui é o Banco B3 S.A.

Somente a operação brasileira do Mercado Livre teve um aumento no volume de vendas de mais de 40% em comparação com 2020. No total, foram mais de 125 milhões de itens vendidos só no último trimestre.