Fechamento 30/01 - Boletim Focus, projeções para o Brasil, mercados internacionais e destaques nos EUA

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Fechamento 30/01 - Boletim Focus, projeções para o Brasil, mercados internacionais e destaques nos EUA

Veja as notícias que movimentaram a economia no Brasil e no mundo. 

Projeção de gráfico financeiro. Foto: Freepik.

Confira o fechamento desta terça-feira, 30, as cotações e as principais movimentações nos mercados financeiros globais. Mantenha-se atualizado sobre os acontecimentos que estão impulsionando esses mercados!

Mercado brasileiro:

  • Boletim Focus

O Boletim Focus é uma pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Confira o relatório desta terça-feira aqui!

  • Projeções

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está mais otimista com o Brasil e vê o País crescendo 1,7% neste ano, contra projeção anterior de 1,5%, conforme a atualização do seu relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês), publicada nesta terça-feira, 30. Ainda assim, a economia brasileira deve desacelerar frente a 2023, quando deve ter avançado 3,1%, prevê o organismo com sede em Washington, nos Estados Unidos. Leia a matéria completa aqui.

  • Mercado de trabalho

O mercado de trabalho formal no Brasil registrou um saldo líquido de 1.483.598 carteiras assinadas em 2023, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta terça-feira, 30, pelo Ministério do Trabalho.

O mercado financeiro esperava um novo avanço no emprego no ano, e o resultado veio abaixo da mediana das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que indicava abertura de 1.538.250 postos de trabalho. As estimativas variavam entre abertura de 1.444.786 a 1.836.747 vagas em 2023.

Ibovespa

O Ibovespa seguiu em terreno negativo pelo segundo dia, colocando as perdas em janeiro na casa de 5% nesta penúltima sessão do mês. Caso o porcentual se confirme amanhã, será semelhante à retração do índice em agosto passado (-5,09%), quando o Ibovespa registrou sua mais longa sequência de perdas diárias - ao todo, 13 -, na série histórica iniciada em 1968. Se vier a superar amanhã o revés de agosto, pode ser o maior recuo para o índice desde fevereiro de 2023, quando havia cedido 7,49%

Hoje, o índice oscilou dos 127.104,69 aos 128.492,38 pontos, encerrando a sessão em baixa de 0,86%, aos 127.401,81 pontos, com giro financeiro a R$ 21,8 bilhões, um pouco mais alto do que nas últimas sessões. Na semana, o Ibovespa recua 1,21% e, no mês, cai 5,06%.

Fechamento do dólar:

Após esboçar uma arrancada no início da tarde, quando bateu máxima a R$ 4,9820, o dólar à vista perdeu força nas últimas horas de negócios e encerrou a sessão desta terça-feira, 30, praticamente estável (-0,01%). A recuperação do real à tarde se deu em meio a uma perda de força da moda americana no exterior, em especial na comparação com os principais pares latino-americanos da moeda brasileira, como o peso mexicano.

  • Taxa de compra - 4,9632.
  • Taxa de venda - 4,9638.

Mercados internacionais:

  • Projeções para a economia global

O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou a projeção para o desempenho da economia global este ano e vê o planeta a caminho do "pouso suave", fenômeno que descreve o controle da inflação sem um dano significativo à atividade. Saiba mais aqui!

  • Projeções para o sistema financeiro

O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirma que há sinais de que a liquidez menor no sistema financeiro começa a pesar no funcionamento dos mercados, "em particular em certos mercados de financiamento de curto prazo", com as taxas de financiamento de recompra nos EUA tendo registrado saltos episódicos nos últimos meses. A avaliação está em box do relatório de atualização sobre a Perspectiva Econômica Mundial, publicado nesta terça-feira, 30

A exposição do sistema bancário ao setor imobiliário comercial é ainda uma preocupação, diz o Fundo, "já que a demanda modesta em algumas economias e os custos mais altos de empréstimo elevam riscos de default" entre bancos que emprestam para esse segmento

O diagnóstico do FMI é que, desde seu relatório sobre estabilidade financeira de outubro, as pressões inflacionárias têm continuado a diminuir, o que impulsiona expectativas de que a política monetária nas economias avançadas irá ficar mais relaxada nos próximos trimestres. As condições financeiras globais têm relaxado, no geral, desde outubro, em quadro de maiores valuations das ações, menor volatilidade e spreads de bônus corporativos já comprimidos, diz o FMI.

Os retornos dos bônus globais "têm caído de modo significativo desde outubro, sobretudo nos vencimentos mais longos. Os juros reais têm motivado declínios pela curva, refletindo a avaliação sobre o ambiente futuro nas taxas de juros. Desde o início de 2024, porém, os juros têm subido, com investidores ajustando expectativas sobre a magnitude e o ritmo do relaxamento monetário pelos grandes bancos centrais.

Na avaliação do FMI, o otimismo dos investidores sobre o quadro macro contrasta com a deterioração da qualidade de crédito entre os bancos. "O crescimento no crédito dos bancos tem caído, conforme as taxas de juros mais elevadas durante 2023 têm pesado na demanda por empréstimos, enquanto os bancos continuam a exibir menor tolerância a risco", afirma. Os defaults, por sua vez, têm crescido em alguns segmentos, alerta o Fundo.

Em quadro de volatilidade "significativa" nas taxas de juros, a correção entre os ativos nos mercados emergentes e os juros dos Treasuries têm aumentado, diz também o Fundo. Juros mais altos em economias avançadas têm provocado a saída de capital de ativos de emergentes, embora isso tenha se revertido desde novembro para ativos em moeda local, afirma. "As condições financeiras neste ambiente de juros mais altos, contudo, podem continuar a desafiar economias em algumas regiões, em especial naquelas de mercados emergentes mais fracos e países com diferenciais diminuindo rapidamente entre as taxas de juros dos EUA", avalia o Fundo.

  • Projeções para o comércio mundial

O crescimento do comércio global deve ficar em 3,3% em 2024 e em 2,6% em 2025, abaixo de sua média histórica de 4,9%, diz o Fundo Monetário Internacional (FMI), em sua atualização de janeiro do Relatório de Perspectivas da Economia Mundial. O documento menciona dados da Global Trade Alerta, segundo os quais países impuseram cerca de 3.200 novas restrições sobre o comércio em 2022 e cerca de 3 mil em 2023, quando em 2019 haviam sido 1.100.

O FMI diz que suas projeções se baseiam na expectativa de que os preços de commodities que são combustíveis e também as demais tenham recuo em 2024 e 2025, bem como de que as taxas de juros recuem nas maiores economias. "Os preços médios do petróleo devem recuar cerca de 2,3% em 2024, enquanto os preços das commodities não combustíveis devem cair 0,9%" projeta.

As projeções do staff do FMI são de que as taxas de juros devem seguir nos níveis atuais pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) até o segundo semestre de 2024, antes de começarem a cair de modo gradual, conforme a inflação se aproxima das metas. O Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), por sua vez, deve manter uma postura em geral acomodatícia, acredita o Fundo.

Mercado americano:

  • Mercado de trabalho

A abertura de postos de trabalho nos Estados Unidos subiu de 8,925 milhões em novembro (número revisado de 8,79 milhões) para 9,026 milhões em dezembro, de acordo com o relatório Jolts, publicado nesta terça-feira, 30, pelo Departamento do Trabalho do país.

O resultado veio acima do esperado por analistas ouvidos pela FactSet, que previa um recuo a 8,714 milhões.

  • Consumidores

O índice de confiança do consumidor nos Estados Unidos subiu de 108,0 em dezembro de 2023 (dado revisado de 110,7) para 114,8 em janeiro de 2024. O resultado ficou acima da previsão de analistas consultados pela FactSet, que projetavam alta a 113,3

"O aumento da confiança do consumidor em janeiro provavelmente refletiu uma inflação mais lenta, a expectativa de taxas de juro mais baixas no futuro e condições de emprego favoráveis no geral, à medida que as empresas continuam a acumular mão de obra", disse a economista-chefe do Conference Board, Dana Peterson.

  • Bolsas norte-americanas

As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único nesta terça, 30, com o Dow Jones em novo recorde de fechamento, à medida que os investidores se preparam para a divulgação de uma série de balanços das empresas de tecnologia de grande capitalização. Os investidores seguem ainda no aguardo da decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto do Federal Reserve (Fomc) sobre a taxa básica de juros, será anunciada nesta quarta-feira (31).

  • Índice Dow Jones - subiu 0,35%, aos 38.467,31 pontos.
  • S&P 500 - queda de 0,06%, aos 4.924,97 pontos.
  • Nasdaq composto - baixa de 0,76%, aos 15.509,90 pontos.

Mercado europeu:

  • Atividade econômica da zona do euro

O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro ficou estável no quarto trimestre de 2023 ante os três meses anteriores, segundo dados preliminares divulgados nesta terça-feira, 30, pela Eurostat, como é conhecida a agência de estatísticas da União Europeia (UE). Saiba mais detalhes aqui!

  • Bolsas europeias

As bolsas da Europa fecharam em alta nesta terça-feira. Saiba mais nesta reportagem.

Mercado asiático:

  • Projeções para a China

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima sua projeção para o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) da China em 2024, para 4,6%, segundo relatório de perspectivas para a projeção global, publicado nesta terça-feira, 30. O documento anterior, de outubro de 2023, estimava alta de 4,2% no PIB neste ano.

A atualização reflete o apoio de um crescimento mais forte que o esperado em 2023 e o aumento nos gastos do governo chinês em reforços de capacidades contra catástrofes naturais, disse o FMI A previsão para o crescimento do PIB em 2025 foi mantida em 4,1%.

Os estímulos fiscais na China foram citados como um dos motivos da revisão para cima da projeção do PIB global em 2024, de 2,9% a 3,1%.

A economia do gigante asiático também aparece, no relatório, como fonte de risco nas previsões para a economia global.

Do lado altista, o FMI cita a possibilidade de uma recuperação econômica mais rápida que o esperado na China.

"Reformas adicionais relacionadas ao setor imobiliário ou um apoio fiscal maior do que o esperado poderiam aumentar a confiança dos consumidores, reforçar a demanda privada e gerar repercussões positivas no crescimento transfronteiriço", explica o FMI.

Já a chance de desaceleração do crescimento chinês é listada como um risco baixista.

  • Bolsas asiáticas

Hoje, as bolsas asiáticas encerraram o pregão majoritariamente em baixa. Confira o fechamento do mercado asiático nesta terça-feira, 30.

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Quarta, 08 Mai 2024

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