Superquarta: Copom mantém a taxa Selic em 13,75% ao ano

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Superquarta: Copom mantém a taxa Selic em 13,75% ao ano

Banco Central manteve taxa inalterada mesmo com diante de pressão por queda por parte do governo federal.

Notas de 50 reais. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil.
O comunicado do Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central (BC) a respeito da manutenção da taxa Selic a 13,75% ao ano, realizada na reunião desta quarta-feira (03), começa lembrando que "o ambiente externo se mantém adverso". Nem mesmo as pressões do governo federal por uma queda na taxa de juros foram suficiente para demover o comitê da decisão.

Segundo a nota do banco central, os episódios envolvendo bancos no exterior elevam a incerteza e requerem monitoramento contínuo e os bancos centrais das principais economias "seguem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas, em um ambiente em que a inflação se mostra resiliente".

Brasil
Segundo o BC, o conjunto dos indicadores mais recentes demostra o cenário de desaceleração esperado pelo Copom, mas exibe maior resiliência no mercado de trabalho. A autarquia lembra que a inflação ao consumidor e medidas subjacentes seguem acima da meta com expectativa de 6,1% em 2023 e 4,2% em 2024 no boletim Focus.

As projeções de do Copom no cenário de referência estão em 5,8% em 2023 e 3,6% em 2024, enquanto, em cenário alternativo, no qual a taxa Selic seria mantida constante, as projeções de inflação situam-se em 5,7% para 2023 e 2,9% para 2024.

Fatores de risco
O Comitê ressaltou os fatores de risco que ainda influenciam a política monetária.

Risco de alta

  • maior persistência das pressões inflacionárias globais; 
  • a incerteza sobre o desenho final do arcabouço fiscal e seus impactos na trajetória da dívida pública, da inflação e dos ativos de risco;
  • uma desancoragem maior, ou mais duradoura, das expectativas de inflação para prazos mais longos.

Risco de baixa
  • uma queda adicional dos preços das commodities internacionais em moeda local; 
  • desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada, em particular em função de condições adversas no sistema financeiro global; 
  • uma desaceleração na concessão doméstica de crédito maior do que seria compatível com o atual estágio do ciclo de política monetária.

A nota afirma que mesmo com a reoneração dos combustíveis e a apresentação de uma proposta de arcabouço, o processo desinflacionário tende a ser mais lento em um ambiente de expectativas de inflação desancoradas. e que o Copom conduzirá a política monetária necessária para o cumprimento das metas - o que, para o comitê, no momento, é manter a Selic no mesmo patamar de 13,75% a.a.

"Considerando a incerteza ao redor de seus cenários, o Comitê segue vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação", segue a nota.

O Copom enfatizou ainda que, apesar de ser um cenário menos provável, o colegiado não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado.


E você, o que achou da decisão do Copom pela manutenção da Selic no patamar atual? Conte para a gente!

 

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Domingo, 05 Mai 2024

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