Os contratos futuros das bolsas de Nova York indicavam um início de pregão equilibrado nesta terça-feira (21), em meio à avaliação de uma série de resultados corporativos considerados, em sua maioria, positivos.

Por volta das 9h15 (horário de Brasília), os futuros do Dow Jones subiam 17 pontos (+0,04%), os do S&P 500 avançavam 1,75 ponto (+0,03%), enquanto os do Nasdaq 100 recuavam 1,75 ponto (-0,01%).

A temporada de balanços entrou em ritmo acelerado, com grandes companhias norte-americanas divulgando resultados que têm influenciado diretamente o humor dos mercados. A General Motors (GM.N) disparava 11,2% no pré-mercado após apresentar uma projeção tarifária mais otimista e elevar sua previsão de lucro anual.

A Ford (F.N) subia 2,7%, com investidores aguardando a divulgação de seus números na quinta-feira. No setor de consumo, a Coca-Cola (KO.N) registrava alta de 2,7%, após divulgar um terceiro trimestre com receita e lucro acima do esperado, impulsionado pela forte demanda por seus refrigerantes. Já a Philip Morris (PM.N) avançava 1,4% depois de revisar sua previsão de lucro anual pela terceira vez em 2025.

Entre as empresas de defesa, a GE Aerospace (GE.N) valorizava 2,5% ao elevar sua projeção de ganhos para o ano. Lockheed Martin (LMT.N) e RTX (RTX.N) também revisaram para cima suas estimativas de lucro e receita, com altas respectivas de 1% e 4,9%.

No setor de saúde, as ações da Elevance (ELV.N) subiam após lucro acima das projeções, impulsionando os papéis da UnitedHealth (UNH.N) e da Humana (HUM.N). A Northrop Grumman (NOC.N), no entanto, recuava 1,3% depois de reduzir sua perspectiva de vendas.

Os investidores também acompanham os resultados de gigantes da tecnologia e do consumo que serão divulgados ao longo da semana, como Tesla (TSLA.O), IBM (IBM.N), Procter & Gamble (PG.N) e Intel (INTC.O). A Netflix (NFLX.O), que reporta seus números após o fechamento do mercado, avançava 0,6% no pré-mercado.

Apesar do tom positivo, analistas alertam que os resultados sólidos podem não ser suficientes para sustentar o rali recente das ações, diante de avaliações já elevadas e índices próximos de máximas históricas. O foco agora recai sobre as margens de lucro e as projeções futuras, em um cenário de tensões comerciais persistentes e inflação estável.

"Pode haver frustração se as empresas não superarem as estimativas por ampla margem, mesmo que essas projeções já sejam altas", observou Daniela Hathorn, analista sênior da Capital.com.

No cenário internacional, o iene enfraqueceu após Sanae Takaichi assumir como primeira-ministra do Japão, a primeira mulher a ocupar o cargo. O mercado acompanha se ela permitirá que o Banco do Japão avance com o aumento das taxas de juros. Nos Estados Unidos, os resultados dos bancos regionais seguem no radar, com investidores buscando sinais sobre a saúde do setor após os temores de estresse sistêmico que provocaram forte volatilidade na semana passada.

Na segunda-feira (20), os três principais índices de Wall Street fecharam com alta superior a 1%, no melhor desempenho em mais de uma semana, impulsionados pelo otimismo com a inteligência artificial e as expectativas positivas para os balanços corporativos.

O clima também foi beneficiado por declarações do assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, que afirmou esperar o fim da paralisação do governo americano ainda nesta semana.

Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adotou um tom conciliador em relação à China, dizendo esperar um "acordo justo" com o presidente Xi Jinping, com quem deve se reunir durante a cúpula econômica da próxima semana na Coreia do Sul. Trump também minimizou as recentes tensões envolvendo Taiwan.

Com informações de Reuters